5 pontos sobre o crescimento da construção civil vs. PIB

5 pontos sobre o crescimento da construção civil vs. PIB

Diante de um mundo tão globalizado, diferentes gêneros de acontecimentos acabam impactando distintos setores de um país, e, possivelmente causando uma repercussão em cadeia de consequências, ou negativas ou positivas. E, foi isso o que aconteceu com a indústria da construção entre os anos de 2014 e 2018, em que a queda do número de obras públicas, o impacto da Operação Lava Jato, bem como, os escândalos com as construtoras e a baixa procura por imóveis no país por conta da crise acarretaram em um profundo déficit no ramo das obras. Nesse cenário, as empreiteiras tiveram que apertar os cintos para buscar alternativas a fim de superar os desafios diários do setor da construção, como os baixos índices de produtividade, a dificuldade de previsibilidade, as pequenas margens orçamentárias, a falta de investimentos em inovações, a baixa lucratividade e os desperdícios de materiais e insumos. 

 

À vista disso, grande parte das empresas desse setor acreditavam que, com a pandemia do novo coronavírus, o declínio fosse aumentar e perdurar. No entanto, a movimentação foi oposta. Mesmo em um contexto caótico, os investimentos e a procura por compras de imóveis aumentaram, bem como, subiu o número de contratações de colaboradores de obras. 

 

Em vista do exposto, no dia cinco de março de 2020, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2019, em que, encerrou o ano com crescimento de 1,1%, totalizando R$ 7,257 trilhões. Para mais, de acordo com o IBGE, o Produto Interno Bruto de um país diz respeito à soma de todos os bens e serviços produzidos dentro do escopo de tempo de 1 ano, e, esse valor é dado em conformidade com a moeda oficial do país. Assim sendo, é possível mensurar o PIB não só de países, como também de cidades e estados. Com isso, a economista Ieda Vasconcelos, do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), analisou o resultado do PIB e destacou o crescimento de 1,6% no setor da construção. Diante do exibido, são enfatizados, a seguir, cinco pontos sobre o crescimento da indústria da construção no Brasil e seus impactos no PIB do país mencionado.

 

Ponto 1

O crescimento de 1,1% do PIB brasileiro permaneceu dentro das expectativas para o ano de 2019, que variavam entre 1,1% e 1,2%. No entanto, não superou o ano de 2017, que apresentou índices de crescimento de 1,3%, e 2018 também com 1,3%. Indubitavelmente, o crescimento na Indústria da Construção colaborou para aumento do PIB brasileiro. Além do mais, a alta na construção interrompeu uma série de quatro anos consecutivos de queda no setor.

 

Ponto 2

Por conta da melhoria no mercado de trabalho e da redução da taxa de juros, os investimentos subiram 2,2%, encerrando o ano de 2019 com um apontamento de investimentos correspondente a 15,4%. Cabe evidenciar que, o setor da construção é responsável por cerca de 50% dos investimentos no país, correspondendo a praticamente metade das aplicações existentes no gigante sul americano. Desse modo, a aplicação de capitais na indústria da construção contribuiu igualmente para o crescimento do PIB e do setor das obras. 

 

Ponto 3

Para o ano de 2019 a expectativa de crescimento do setor das obras era de 2%.  No entanto, o setor mencionado concluiu o ano com alta de 1,6%, um pouco abaixo do que o resultado esperado. Além do mais, a indústria da construção não atingiu a meta por conta dos últimos três meses de 2019, em que, juntos apresentaram queda de 2,5% no PIB da construção. Dessa maneira, ao compararmos a queda ocorrida no quarto trimestre de 2019 com os índices do terceiro trimestre do mesmo ano, evidenciam-se os seguintes fatores para tal acontecimento: as dificuldades de liberação de recursos para o programa Minha Casa, Minha Vida; o emprego de capital em infraestruturas que não se concretizaram; a utilização do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) para o consumo e não investimento imobiliário, reduzindo os valores para o financiamento imobiliário.

 

Ponto 4

De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2019, o lançamento de imóveis cresceu 15,45% e as vendas no setor imobiliário subiram 9,7%. Em decorrência dos empecilhos no programa Minha Casa, Minha Vida e da redução orçamentária do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), a participação do programa imobiliário estatal caiu 5%. Dessa maneira, o programa Minha Casa, Minha Vida foi responsável somente por 45% dos investimentos imobiliários do ano de 2019.

 

Ponto 5

Após a queda de 30% no setor de obras durante o período de 2014 a 2018, a indústria da construção voltou a respirar em 2019. O que confere tal fato é que em 2019, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego, a construção civil ofertou 71 mil vagas de emprego com carteira assinada.

 

Em vista do apresentado, pode-se inferir que a indústria da construção está em um novo ciclo em busca da restauração dos danos ocasionados pela crise vivida no setor em anos anteriores. Além do mais, o ramo das obras está progredindo economicamente através do aumento de contratações com carteira assinada, bem como, pelo acréscimo de investimentos no ramo por meio de compras e financiamentos, o que faz aumentar os índices de confiança dos grandes investidores do ramo.

 

REFERÊNCIAS:

BIN, Victor Hugo. Por que a Construção Civil não saiu da crise (e como ela pode sair em 2019)? Starse, 2019. Disponível em: https://www.startse.com/noticia/mercado/por-que-construcao-civil-nao-saiu-da-crise-e-como-ela-pode-sair-em-2019. Acesso em: 15 set. 2020.

FONTES, Giulia. “Na crise, construção sofreu menos do que esperava. Mas “ressaca” da economia preocupa o setor”. Gazeta do povo, 2020. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/retratos-da-economia-construcao-civil/. Acesso em: 15 set. 2020.

Oito pontos sobre o crescimento da construção civil e seu impacto no PIB. Câmara Brasileira da Indústria da Construção, 2020. Disponível em: https://cbic.org.br/es_ES/oito-pontos-sobre-o-crescimento-da-construcao-civil-e-seu-impacto-no-pib/. Acesso em: 14 jul. 2020.

Produto Interno Bruto – PIB. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2020. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php. Acesso em: 15 set. 2020.

Setor de Construção Civil Espera um Crescimento de 3% Para o Ano 2020.

Setor de Construção Civil Espera um Crescimento de 3% Para o Ano 2020.

Com a crise brasileira ocorrida entre 2014 e 2018, a indústria de construção viveu um cenário duramente abalado. De acordo com os dados fornecidos pelo IBGE ao G1 em 2018, em 2 anos o setor de obras perdeu 600 empresas e R$120 bilhões de receita. De maneira simultânea, ocorreu uma redução empregatícia de 880 mil vagas

Em vista do apresentado, em 2019 o PIB brasileiro cresceu 2% em relação ao ano de 2018. Por conta disso, o presidente do Sindicato da Construção de São Paulo, Odair Senra, pareceu otimista ao afirmar ao R7 o seguinte: “A percepção é de que a crise do setor [de construção civil] ficou para trás”.

De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, o ano de 2020 apresenta a expectativa de criação de aproximadamente 200 mil novos postos de trabalho formais. Sobre isso, o sindicato da construção civil da capital paulista também projetou um crescimento em torno de 3% para o setor imobiliário.

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Referências

SILVEIRA, Daniel. Em dois anos, construção perde 601 empresas e mais de R$ 120 bi em receita, aponta IBGE. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/em-dois-anos-construcao-perde-601-empresas-e-mais-de-r-120-bi-em-receita-aponta-ibge.ghtml. Acesso em: 06 maio. 2020.

R7. Construção civil deve crescer 3% e gerar 150 mil empregos em 2020. 2020. Disponível em: https://noticias.r7.com/economia/construcao-civil-deve-crescer-3-e-gerar-150-mil-empregos-em-2020-06012020. Acesso em: 07 maio. 2020.