Mercado imobiliário se mantém aquecido em meio à pandemia

O ano de 2020 causou arrepios em diversas pessoas e também nos comerciantes e empresários. Por conta da pandemia do covid-19 uma vasta área do mercado de trabalho teve que fechar as suas portas, acarretando na queda da economia mundial.

 

Diante disso, ao tratar-se de um cenário econômico, é notável que, este, impacta diretamente nas empresas e organizações. Em consequência disso, várias indústrias abandonaram o mercado ou foram extremamente afetadas, mas isso não aconteceu com o mercado imobiliário.

 

Como o mercado imobiliário reagiu à pandemia causada pelo covid-19? 

 

Ainda que 2020 tenha apresentado um cenário crítico por conta da crise causada pelo coronavírus, o mercado imobiliário, desde o início do ano, manteve-se confiante com o seu negócio. 

 

Mesmo que a economia tenha sofrido desagravos com o período de março até os dias de hoje, vários brasileiros ainda desejam realizar o sonho da casa própria e, muitos deles, quiseram fazê-lo este ano.

 

De acordo com o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), Eduardo Aroeira, apesar do cenário crítico de 2020, a busca por imóveis continua crescendo na capital.

 

O presidente Eduardo Aroeira cita ainda que alguns fatores contribuíram para que o mercado imobiliário se mantivesse estável, como a baixa inflação, juros baixos dos bancos e, ainda, as várias opções de financiamento disponíveis favorecem o mercado, que se encontra entre um dos poucos ramos que ainda não sofreu os impactos causados pela quarentena, com o isolamento social.

 

Além disso, de acordo com Eduardo Aroeira, no Distrito Federal e na maioria dos estados do país, o setor da construção civil foi liberado para continuar atuando nos seus serviços, principalmente por manter muitos empregos. Ademais, a economia precisa, indubitavelmente, manter-se o mais estável possível durante a pandemia.

Ao tratar acerca dos números, o aumento no mercado imobiliário é notável. Em setembro de 2020 foram 5.147 unidades de empreendimentos negociados, acarretando em uma alta de 19,2% em relação a setembro de 2019. Por conseguinte, o presidente da Ademi-DF destaca ainda que, na construção civil, o trabalho é exercido ao ar livre e o perfil dos colaboradores é distinto dos demais. 

 

De acordo com o Seconci (Serviço Social da Indústria da Construção Civil do DF), acima dos 65 anos na construção civil, tem-se menos de 4% de trabalhadores, que podem ser mandados para casa de férias ou afastados por fazerem parte do grupo de risco. Sendo assim, é favorável que o setor continue com as suas atividades.

 

Quais as expectativas para o mercado imobiliário no período pós pandêmico?

 

O cenário da pandemia trouxe vários desafios, principalmente para as empresas mais tradicionais, que mantinham o atendimento voltado para a interação pessoal com os clientes. Nesse sentido, com o distanciamento social foi preciso ampliar as opções e investir em novas tecnologias.

 

O mercado imobiliário também traz boas notícias para a economia do mundo todo, visto que, especialistas acreditam que é com este setor que a economia pode voltar a crescer no cenário pós pandemia. Além do mais, este ramo apresentou ainda a recuperação de crises que aconteceram nos últimos anos.

 

Ainda que o mercado imobiliário permaneça estável, é preciso se adaptar a novas possibilidades para que seja possível realizar todas as atividades de uma rotina normal da área. Segue abaixo algumas opções.

 

Vendas on-line

 

As vendas on-line já acontecem há muitos anos e o sucesso é absoluto. No cenário atual, como não há interação social, essa opção se faz viável para os mais diversos ramos, dentre eles o mercado imobiliário. Sendo assim, pode-se utilizar a internet para negociar vendas, gerar leads e prospectar clientes.

 

O mercado de trabalho encontra-se muito evoluído no quesito tecnologia, por conta disso, o consumidor dará preferência às empresas que têm uma plataforma digital, pois apresentam maior agilidade e destreza na solução de possíveis problemas. Além do mais, as vendas on-line permitem o atendimento virtual, tornando ainda mais prática a negociação.

 

Lançamentos virtuais

 

Grandes empresas, como a Apple, optaram por realizar os seus lançamentos de forma virtual, devido às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) contrárias à aglomeração de pessoas. No mercado imobiliário, cerca de 79% das empresas resolveram adiar os lançamentos, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)

 

Porém, há uma maneira de não prorrogar mais esses lançamentos. Através dos lançamentos virtuais, os clientes do seu negócio podem visitar o seu site de modo on-line, sem aglomeração e de forma muito mais moderna. Uma alternativa é fazer com que os clientes visitem projetos decorados com vídeos e fotos de qualidade e, ainda, com o recurso 360º para a visualização dos imóveis.

 

Use as tecnologias a seu favor

 

Cada vez mais, o uso de tecnologias tem ganhado a atenção de empresários como forma inteligente para atrair clientes. Quando bem aplicadas, as tecnologias costumam trazer retornos positivos para as empresas que investem nessa opção.

 

Para o segmento imobiliário, o uso de tecnologias é muito viável, pois, com ela é possível utilizar a realidade virtual, dispositivos de realidade aumentada, drones e várias outras inovações tecnológicas que representam soluções para diversos problemas enfrentados por gestores.

 

No cenário atual e pós-pandêmico é extremamente necessário que o mercado imobiliário aposte suas fichas no marketing de sua empresa, bem como, em demais formas de ampliar a cartela de opções de seus clientes. Além do mais, para o setor imobiliário, após o período de crise, a aposta no marketing tende a ser cada vez mais forte, visto que, cada vez mais as tecnologias desenvolvidas são voltadas para este segmento.

 

REFERÊNCIAS

BRAZILIENSE, Correio. Mesmo em meio à pandemia, período é bom para a compra da casa própria. 2020. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2020/05/05/interna_cidadesdf,851575/mesmo-em-meio-a-pandemia-periodo-e-bom-para-a-compra-da-casa-propria.shtml. Acesso em: 22 dez. 2020.

CONSTRUÇÕES, Grandes. Mercado imobiliário continua crescendo apesar da crise econômica causada pela pandemia. 2020. Disponível em: http://www.grandesconstrucoes.com.br/Noticias/Exibir/mercado-imobiliario-continua-crescendo-apesar-da-crise-economica-causada-pela-pandemia. Acesso em: 22 dez. 2020.

VISTA. Mercado imobiliário 2020: o que aprendemos com a crise do coronavírus? 2020. Disponível em: https://www.vistasoft.com.br/mercado-imobiliario-2020/. Acesso em: 22 dez. 2020.

 

Construção civil lidera a geração de vagas formais no País

Como é de conhecimento geral, 2020 está sendo um ano turbulento para todo o mundo, causando infinitas alterações no cotidiano da população. No quesito economia, 2020 amedrontou grande parte do comércio e dos lojistas, visto que, várias empresas de áreas distintas foram obrigadas a fechar suas portas visando o combate à Covid- 19.

 

Em vista dos fatos mencionados, todo o cenário econômico impacta diretamente nas empresas e organizações, pois, grande parte do lucro destes empresários ocorre através de vendas aos seus clientes e fornecedores, sendo assim, com a pandemia, o desemprego e a queda na economia, muitas vendas foram prejudicadas.

 

Como o setor da construção civil tem reagido à pandemia da Covid-19?

 

De acordo com Hugo Cilo (2020), o mercado da construção civil tem sido um dos mais prejudicados na crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Devido ao isolamento, estandes de vendas encontram-se fechados, houve uma redução considerável na demanda e as obras acontecem em ritmo lento, sendo assim, as vendas de imóveis refletem as dificuldades instaladas em quase todos os setores produtivos.

 

Cilo (2020) destaca ainda que, a maior construtora da América Latina, MRV Engenharia, onde apresentou um faturamento de R$ 6 bilhões no ano passado, também sente os efeitos da crise. A companhia, fundada pelo empresário Rubens Menin, presidente do conselho de administração, desenvolveu uma estratégia temporária para amortecer o impacto da retração do mercado.

 

Após colocar em prática a estratégia, a companhia já começa a retomar as atividades em estados onde o isolamento está sendo flexibilizado, aos poucos. Além do mais, a MRV Engenharia precisou reforçar sua estrutura de vendas online para garantir o atendimento, com o objetivo de auxiliar as pessoas que não podem esperar o fim da pandemia para obter o seu imóvel próprio (CILO, 2020).

 

Construção civil lidera a geração de vagas formais no país

 

Ainda que a pandemia da Covid-19 tenha abalado o setor da construção civil em 2020, o ramo das obras continua liderando a geração de vagas formais no país. Pelo quinto mês consecutivo a Construção Civil apontou resultados positivos em seu mercado de trabalho formal. De acordo com dados do Novo Caged, no que diz respeito ao mês de Outubro de 2020, o setor da construção civil gerou 36.296 novas vagas com carteira assinada. Esse foi o resultado da diferença de 154.655 admissões e 118.359 demissões. 

 

Em virtude dos números descritos, de Janeiro/20 à Novembro/20 o setor das obras foi responsável pela criação de 138.409 novos postos de trabalho, liderando pelo quinto mês consecutivo a geração de vagas formais no país. Este resultado conseguiu superar o setor da agropecuária, que contabilizou 102.911 novos empregos nos dez primeiros meses do ano. Os resultados foram divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

 

O setor da construção civil, ainda em meio à crise, segue demonstrando o dinamismo de suas atividades e a sua importância para a recuperação da economia nacional. Entre os meses de junho a outubro, o setor das obras gerou 190.860 novos empregos, o que contribuiu para a total recuperação dos postos de trabalho perdidos de março a maio, em função da pandemia.

 

Além do mais, em outubro, todos os segmentos do ramo da construção civil apresentaram resultados positivos. A geração de edifícios apresentou 11.676 novos postos de trabalho, as obras de infraestrutura geraram 12.606 e, ainda, os serviços especializados para a construção trouxeram um total de 12.014 novos empregos, o que demonstra o dinamismo mais generalizado das atividades. 

 

Por consequência do dinamismo e incremento das atividades, o saldo de postos de emprego gerados nos primeiros dez meses do ano pelo setor da construção civil foi o maior registrado para o período desde 2013, onde tinha-se o número de 207.787. Sendo assim, o ramo das obras registrou o melhor resultado do seu mercado de trabalho, para o período de janeiro a outubro, dos últimos sete anos.

 

Considerações finais 

 

É válido lembrar que, apesar das dificuldades vivenciadas neste ano, como o desabastecimento de insumos e o aumento considerável dos custos dos mesmos, o setor seguiu com suas produções, apresentando um número de admitidos superior ao número de demitidos, nos últimos cinco meses. 

 

A construção civil, como se pôde analisar, tem apresentado resultados muito satisfatórios ao longo dos anos. Entretanto, um dos fatores que têm contribuído com o incremento das atividades das obras é o desempenho do mercado imobiliário nacional.

 

Com a baixa taxa de juros, foi possível realizar um incremento expressivo no financiamento imobiliário, contribuindo para o dinamismo das atividades do setor. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), entre os meses de janeiro até outubro os empréstimos para aquisição e construção de imóveis cresceram 48,8% em relação ao período do ano anterior, totalizando R$ 92,67 bilhões.

 

Além do mais, em outubro, com exceção da Agropecuária, todos os demais setores expressivos de atividade registraram resultados positivos, demonstrando uma melhora satisfatória do nível de atividades do país, no período pós pandêmico. 

 

Ainda que o mercado de trabalho tenha apresentado resultados significativos nos últimos meses, alguns determinados setores ainda não conseguiram recompor as perdas observadas no pico da crise. 

 

De janeiro a outubro o comércio apresentou um saldo negativo de 231.245 vagas e os serviços, uma queda de 268.049. Em contrapartida aos fatos mencionados, a construção civil não só recuperou as vagas que perdeu de março a maio, como também registrou um saldo positivo superior a 138 mil novas vagas.

 

REFERÊNCIAS

CBIC, Agência. Construção civil lidera a geração de vagas formais no País. 2020. Disponível em: https://cbic.org.br/construcao-civil-lidera-a-geracao-de-vagas-formais-no-pais/. Acesso em: 04 dez. 2020.

CILO, Hugo. Os desafios da construção civil e a retomada do setor no período pós-pandemia. 2020. Disponível em: https://www.istoedinheiro.com.br/o-desafios-da-construcao-civil-e-a-retomada-do-setor-no-periodo-pos-pandemia/. Acesso em: 04 dez. 2020.

NR 18 substitui PCMAT e PPRA por Programa de Gerenciamento de Riscos

NR 18 substitui PCMAT e PPRA por Programa de Gerenciamento de Riscos

Em 2019, a Associação Nacional de Medicina no Trabalho apontou que a Indústria da Construção é o setor que mais ocorrem acidentes, assim como também é a segunda área que mais registra mortes e a quinta colocada no ranking de trabalhadores afastados por mais de 15 dias. Nesse contexto, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia publicou, no dia 11 de fevereiro de 2020, uma nova alteração da Norma Regulamentadora (NR) nº 18, estabelecendo diretrizes mais rígidas quanto aos métodos preventivos contra possíveis eventualidades do ramo das obras.

Diante do apresentado, a NR – 18 Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção passará a ter a sua aplicação cobrada a partir de 2021, fornecendo prazos para as empresas do ramo adequarem-se aos novos requisitos de segurança. Além do mais, a norma tem como objetivo o estabelecimento de instruções quanto a administração, o planejamento e a organização, visando a execução dos meios preventivos de segurança em todas as esferas que compõem o universo das obras.

Com base no visto, destacam-se as seguintes novidades trazidas pela NR nº 18:

Programa de gerenciamento de risco (PGR)

Cada projeto de construção deve possuir um documento. Esse, por sua vez, deve constar todos os possíveis acidentes que podem ocorrer no canteiro de obras durante o desenvolvimento da construção. Dessa forma, o PGR irá substituir o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT).

RTP 04 – Escadas, rampas e passarelas

A construção dessas estruturas terá que estar de acordo com as necessidades da obra. Dessa forma, deve ser avaliado que o funcionamento e desenvolvimento dos meios de passagem devem estar em função da carga em que os mesmos estarão sujeitos.

Etapas da obra

O projeto da construção deverá ser desenvolvido por um profissional qualificado e devidamente habilitado para desempenhar essa tarefa. Visto que, o projetista deverá determinar as condições de execução das tarefas da obra de forma segura.

Atividades de escavação

Todas as atividades de escavação deverão estar prescritas no PGR, além de que, serão proibidas escavações manuais com profundidade superior a 15 metros. 

Containers marítimos

Proíbe a utilização dos contêineres sob função de transporte de cargas, podendo ser utilizado unicamente para o acondicionamento de materiais.

Clique aqui para ver mais detalhes sobre as novas orientações propostas pela NR – 18 Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção.

REFERÊNCIAS:

Construção civil está entre os setores com maior risco de acidentes de trabalho. Associação Nacional de Medicina no Trabalho, 2019. Disponível em: https://www.anamt.org.br/portal/2019/04/30/construcao-civil-esta-entre-os-setores-com-maior-risco-de-acidentes-de-trabalho/#:~:text=Enquanto%20a%20taxa%20de%20mortalidade,el%C3%A9tricos%20e%20soterramento%20ou%20desmoronamento.. Acesso em: 18 ago. 2020

NR – 18 Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção. Ministério da Economia. Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Portaria Nº 3.733, 10 fev. 2020.

Publicada nova redação da NR 18 que trata do trabalho na construção. AGÊNCIA CBIC, 2020. Disponível em: https://cbic.org.br/es_ES/publicada-nova-redacao-da-nr-18-que-trata-do-trabalho-na-construcao/. Acesso em: 18 ago. 2020.

Pesquisa indica melhora na confiança e expectativa do empresário da construção

Pesquisa indica melhora na confiança e expectativa do empresário da construção

No dia 24 de julho de 2020, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em conjunto com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) publicou a Sondagem da Construção Civil de Janeiro. Essa publicação diz respeito às verificações acerca do cenário da indústria da construção civil no Brasil, apontando indicadores de atividade e empregos, insatisfações financeiras e até mesmo índices de confiança no setor.

Na sondagem participaram 453 empresas de obras, sendo 159 pequenas empresas, 196 médias empresas e 98 empresas de grande porte. Ademais, de acordo com o documentando, ressaltam-se os seguintes aspectos:

  • Aumento do nível de atividade e de número de empregados;
  • Melhoras nos índices de tendências futuras;
  • Avanços nos índices sobre a confiança dos empresário no setor;
  • Estabilidade sobre as condições financeiras das empresas;
  • Aumento na dificuldade de acesso à créditos;
  • Evolução positiva da intenção de investimentos.

Em vista do apresentado, cabe ressaltar os maiores problemas enfrentados pelos empresários durante o primeiro semestre de 2020. Sendo eles a demanda interna insuficiente, a elevada carga tributária e a burocracia excessiva.

Para acessar a Sondagem da Construção Civil de Janeiro e saber mais detalhes, clique aqui

REFERÊNCIAS:

Sondagem da construção indica melhora na confiança e expectativas dos empresários. CBIC, 2020. Disponível em: https://cbic.org.br/es_ES/sondagem-da-construcao-indica-melhora-na-confianca-e-expectativas-dos-empresarios/. Acesso em: 10 ago. 2020.

5 pontos sobre o crescimento da construção civil vs. PIB

5 pontos sobre o crescimento da construção civil vs. PIB

Diante de um mundo tão globalizado, diferentes gêneros de acontecimentos acabam impactando distintos setores de um país, e, possivelmente causando uma repercussão em cadeia de consequências, ou negativas ou positivas. E, foi isso o que aconteceu com a indústria da construção entre os anos de 2014 e 2018, em que a queda do número de obras públicas, o impacto da Operação Lava Jato, bem como, os escândalos com as construtoras e a baixa procura por imóveis no país por conta da crise acarretaram em um profundo déficit no ramo das obras. Nesse cenário, as empreiteiras tiveram que apertar os cintos para buscar alternativas a fim de superar os desafios diários do setor da construção, como os baixos índices de produtividade, a dificuldade de previsibilidade, as pequenas margens orçamentárias, a falta de investimentos em inovações, a baixa lucratividade e os desperdícios de materiais e insumos. 

 

À vista disso, grande parte das empresas desse setor acreditavam que, com a pandemia do novo coronavírus, o declínio fosse aumentar e perdurar. No entanto, a movimentação foi oposta. Mesmo em um contexto caótico, os investimentos e a procura por compras de imóveis aumentaram, bem como, subiu o número de contratações de colaboradores de obras. 

 

Em vista do exposto, no dia cinco de março de 2020, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2019, em que, encerrou o ano com crescimento de 1,1%, totalizando R$ 7,257 trilhões. Para mais, de acordo com o IBGE, o Produto Interno Bruto de um país diz respeito à soma de todos os bens e serviços produzidos dentro do escopo de tempo de 1 ano, e, esse valor é dado em conformidade com a moeda oficial do país. Assim sendo, é possível mensurar o PIB não só de países, como também de cidades e estados. Com isso, a economista Ieda Vasconcelos, do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), analisou o resultado do PIB e destacou o crescimento de 1,6% no setor da construção. Diante do exibido, são enfatizados, a seguir, cinco pontos sobre o crescimento da indústria da construção no Brasil e seus impactos no PIB do país mencionado.

 

Ponto 1

O crescimento de 1,1% do PIB brasileiro permaneceu dentro das expectativas para o ano de 2019, que variavam entre 1,1% e 1,2%. No entanto, não superou o ano de 2017, que apresentou índices de crescimento de 1,3%, e 2018 também com 1,3%. Indubitavelmente, o crescimento na Indústria da Construção colaborou para aumento do PIB brasileiro. Além do mais, a alta na construção interrompeu uma série de quatro anos consecutivos de queda no setor.

 

Ponto 2

Por conta da melhoria no mercado de trabalho e da redução da taxa de juros, os investimentos subiram 2,2%, encerrando o ano de 2019 com um apontamento de investimentos correspondente a 15,4%. Cabe evidenciar que, o setor da construção é responsável por cerca de 50% dos investimentos no país, correspondendo a praticamente metade das aplicações existentes no gigante sul americano. Desse modo, a aplicação de capitais na indústria da construção contribuiu igualmente para o crescimento do PIB e do setor das obras. 

 

Ponto 3

Para o ano de 2019 a expectativa de crescimento do setor das obras era de 2%.  No entanto, o setor mencionado concluiu o ano com alta de 1,6%, um pouco abaixo do que o resultado esperado. Além do mais, a indústria da construção não atingiu a meta por conta dos últimos três meses de 2019, em que, juntos apresentaram queda de 2,5% no PIB da construção. Dessa maneira, ao compararmos a queda ocorrida no quarto trimestre de 2019 com os índices do terceiro trimestre do mesmo ano, evidenciam-se os seguintes fatores para tal acontecimento: as dificuldades de liberação de recursos para o programa Minha Casa, Minha Vida; o emprego de capital em infraestruturas que não se concretizaram; a utilização do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) para o consumo e não investimento imobiliário, reduzindo os valores para o financiamento imobiliário.

 

Ponto 4

De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em 2019, o lançamento de imóveis cresceu 15,45% e as vendas no setor imobiliário subiram 9,7%. Em decorrência dos empecilhos no programa Minha Casa, Minha Vida e da redução orçamentária do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), a participação do programa imobiliário estatal caiu 5%. Dessa maneira, o programa Minha Casa, Minha Vida foi responsável somente por 45% dos investimentos imobiliários do ano de 2019.

 

Ponto 5

Após a queda de 30% no setor de obras durante o período de 2014 a 2018, a indústria da construção voltou a respirar em 2019. O que confere tal fato é que em 2019, de acordo com os dados do Ministério do Trabalho e Emprego, a construção civil ofertou 71 mil vagas de emprego com carteira assinada.

 

Em vista do apresentado, pode-se inferir que a indústria da construção está em um novo ciclo em busca da restauração dos danos ocasionados pela crise vivida no setor em anos anteriores. Além do mais, o ramo das obras está progredindo economicamente através do aumento de contratações com carteira assinada, bem como, pelo acréscimo de investimentos no ramo por meio de compras e financiamentos, o que faz aumentar os índices de confiança dos grandes investidores do ramo.

 

REFERÊNCIAS:

BIN, Victor Hugo. Por que a Construção Civil não saiu da crise (e como ela pode sair em 2019)? Starse, 2019. Disponível em: https://www.startse.com/noticia/mercado/por-que-construcao-civil-nao-saiu-da-crise-e-como-ela-pode-sair-em-2019. Acesso em: 15 set. 2020.

FONTES, Giulia. “Na crise, construção sofreu menos do que esperava. Mas “ressaca” da economia preocupa o setor”. Gazeta do povo, 2020. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/retratos-da-economia-construcao-civil/. Acesso em: 15 set. 2020.

Oito pontos sobre o crescimento da construção civil e seu impacto no PIB. Câmara Brasileira da Indústria da Construção, 2020. Disponível em: https://cbic.org.br/es_ES/oito-pontos-sobre-o-crescimento-da-construcao-civil-e-seu-impacto-no-pib/. Acesso em: 14 jul. 2020.

Produto Interno Bruto – PIB. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2020. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php. Acesso em: 15 set. 2020.

Setor de Construção Civil Espera um Crescimento de 3% Para o Ano 2020.

Setor de Construção Civil Espera um Crescimento de 3% Para o Ano 2020.

Com a crise brasileira ocorrida entre 2014 e 2018, a indústria de construção viveu um cenário duramente abalado. De acordo com os dados fornecidos pelo IBGE ao G1 em 2018, em 2 anos o setor de obras perdeu 600 empresas e R$120 bilhões de receita. De maneira simultânea, ocorreu uma redução empregatícia de 880 mil vagas

Em vista do apresentado, em 2019 o PIB brasileiro cresceu 2% em relação ao ano de 2018. Por conta disso, o presidente do Sindicato da Construção de São Paulo, Odair Senra, pareceu otimista ao afirmar ao R7 o seguinte: “A percepção é de que a crise do setor [de construção civil] ficou para trás”.

De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, o ano de 2020 apresenta a expectativa de criação de aproximadamente 200 mil novos postos de trabalho formais. Sobre isso, o sindicato da construção civil da capital paulista também projetou um crescimento em torno de 3% para o setor imobiliário.

Com base no exposto, conclui-se que a hora de investir na sua construtora é agora! Para isso, você precisa de uma ferramenta que inovará a gestão das suas equipes de obras. Essa ferramenta inovadora irá otimizar o tempo e detonar os desperdícios dentro do seu canteiro de obra. Muitos outros benefícios esperam por você. Conheça a plataforma que causará grandes diferenciais para a sua empresa clicando aqui.

 

Referências

SILVEIRA, Daniel. Em dois anos, construção perde 601 empresas e mais de R$ 120 bi em receita, aponta IBGE. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/em-dois-anos-construcao-perde-601-empresas-e-mais-de-r-120-bi-em-receita-aponta-ibge.ghtml. Acesso em: 06 maio. 2020.

R7. Construção civil deve crescer 3% e gerar 150 mil empregos em 2020. 2020. Disponível em: https://noticias.r7.com/economia/construcao-civil-deve-crescer-3-e-gerar-150-mil-empregos-em-2020-06012020. Acesso em: 07 maio. 2020.